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"Super Interessante" revela pesquisas e
acaba com os mitos sobre filhos de pais gays
A edição de fevereiro da revista "Super Interessante" trouxe uma
matéria de quatro páginas sobre filhos de pais gays. A ideia é derrubar os mitos
que foram criados em torno das crianças criadas por um casal do mesmo sexo. O
mais velho e conhecido deles, é que os pimpolhos também vão acabar gays por
conta dos seus pais. "As pesquisas
mostram que a orientação sexual dos pais parece ter muito pouco a ver com com o
desenvolvimento da criança ou com as habilidades de ser pai. Filhos de mães
lésbicas ou pais gays se desenvolvem da mesma maneira que crianças de pais
heterossexuais", explica Charlotte Patterson, professora de psiquiatria da
Universidade da Virginia e uma das principais pesquisadoras sobre o tema há mais
de 20 anos, à publicação. O primeiro mito que
a reportagem quebra é o mais velho e conhecido deles, de que os filhos também
serão gays. De acordo com a publicação, um estudo da Universidade Cambridge
comparou filhos de mães lésbicas com filhos de mães héteros e não encontrou
nenhuma diferença significativa entre os dois grupos quanto à identificação como
gays. O que o estudo revelou, na verdade, é que filhos de pais gays, por
crescerem num ambiente de diversidade, se tornam mais tolerantes com as
diferenças. O segundo ponto que
a "Super Interessante" toca é que as crianças precisam de uma figura materna e
outra paterna. A revista começa exemplificando com as 183 mil crianças
americanas que perderam os pais na Segunda Guerra Mundial, ou seja, não são só
os filhos de pais gays, que podem crescer sem um pai ou uma mãe. A tal figura
materna ou paterna, pode vir a ser uma tia, ou um primo, em quem a criança irá
se identificar inconscientemente. A única diferença no caso é positiva.
"Crianças criadas por gays são menos influenciadas por brincadeiras
estereotipadas como masculinas ou femininas", diz Arlene Lev, professora da
Universidade de Albany. Em seguida é a vez
de falar sobre os possíveis problemas psicológicos que essas crianças terão por
conta do preconceito. O fato é simples, quase todo mundo vai sofrer preconceito
na infância, seja por ser gay, pobre, negro, gordo, alto. O bullying não se
restringe apenas aos homossexuais, e muito menos aos filhos deles. Alguns
estudos comprovam que as crianças sofrem discriminação por conta da sexualidade
de seus pais. Mas, pesquisas que comparam filhos de gays com filhos de héteros
mostram que os dois grupos apresentam níveis semelhantes de autoestima e
depressão. Por fim, o mito mais pesado. A reportagem fala sobre os riscos
que essas crianças correm de sofrerem abusos sexuais. Nenhuma pesquisa até hoje
faz ligação da homossexualidade com os abusos sexuais. Três pediatras
norte-americanas avaliaram o caso de 269 crianças abusadas sexualmente.
Desses, apenas 2 dos
criminosos eram homossexuais. A lenda é alimentada
por líderes religiosos, que querem mostrar que as crianças correm risco ao serem
criadas por pais gays. "Homens homossexuais não tendem a abusar mais sexualmente
de crianças do que homens heterossexuais", diz a Associação de Psiquiatria
Americana.