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segunda-feira, 14 de junho de 2010

A CRISE DO PRIMEIRO ANO


Entrei 
em crise
de 
depressão, 
cinco 
dias 
depois 
de 
ser 
largado 
pelo 
cara
que 
mais 
amei 
na minha
vida.

Acho 
que 
foi 
quando 
entendi 
que 
coisa 
era 
pra 
valer 
e não
apenas 
uma 
briguinha 
passageira. 
 
Tratei 
logo 
de 
procurar 
ajuda, 
sei 
muito 
bem 
o que
é 
uma 
crise 
de 
depressão 
até 
onde 
ela 
pode 
chegar.
Não 
consegui 
uma 
consulta 
médica,
droga de
plano 
de 
saúde,
marcaram 
um 
psiquiatra 
pra 
mim 
pra 
quase 
trinta 
dias 
depois,
e me
mandaram 
pra 
emergência.
Uma 
médica 
muito 
atenciosa 
me 
atendeu,
e quando 
expliquei 
que 
estava 
sentindo 
uma 
profunda 
angústia,
um 
grande 
desespero,
um 
não 
sei 
como 
explicar,
ela me
respondeu 
que 
essas 
coisas 
são 
assim 
mesmo, 
que 
uma 
separação 
abala 
muito 
emocional 
e que
eu 
não 
deveria 
me 
envergonhar 
disso,
que 
eu ia
superar 
tudo, 
mas 
que 
isso 
leva 
tempo, 
maioria 
das 
pessoas 
demora 
cerca 
de um
ano 
pra 
se 
recuperar, 
alguns 
até 
mais 
que 
isso,
que, 
enfim, 
eu 
tinha 
feito 
muito 
bem 
em 
procurar 
apoio 
profissional. 
Bem, 
lá 
se vão
agora
mais
de
dois
anos,
os 
calmantes 
anti-
-depressivos 
me 
ajudaram
a não
entrar 
em 
desespero, 
mas 
como 
acertou 
aquela 
médica 
ao 
me 
dar o
prazo 
mínimo
de 
um 
ano, 
e só
agora 
que 
passei 
por
tudo
isso, 
entendo 
porque 
o
primeiro 
ano 
é 
tão 
difícil. 
Porque 
é 
tudo 
de 
novo 
pela 
primeira 
vez: 
primeira 
noite 
com a
cama 
outra 
vez
vazia, 
primeiro 
fim 
de 
semana 
sosinho, 
primeiro 
mês, 
primeira 
foda 
com 
uma 
pessoa 
diferente, 
que foi
terrível...  
Bem, 
na 
hora 
tão 
pareceu 
tão ruim
assim, 
só na
primeira 
vez 
consegui 
gozar 
duas 
vezes 
sem 
tirar 
de 
dentro, 
mas 
no 
dia 
seguinte 
estava 
mais 
triste 
arrasado 
do que
antes. 
Aconteceu 
que 
sonhei 
que 
estava 
dormindo 
abraçado 
com
ex, 
como 
era 
nosso 
costume, 
acordei 
e vi
outro 
cara 
do 
meu 
lado. 
Coitado, 
hoje 
penso 
que 
talvez 
ele não
fosse 
uma 
pessoa 
tão má
assim, 
mas 
depois 
de 
mais 
dois 
ou
três 
encontros, 
logo 
arrumei 
um 
pretexto 
para 
afastá-lo 
da 
minha 
vida. 
Ele não
tinha 
chance, 
fazia 
só 
três 
meses 
eu 
ainda 
estava 
muito 
apaixonado. 
E naquelas 
datas 
e acontecimentos 
especiais, 
então, 
inevitalvelmente 
você 
pensa: 
"Um 
ano 
atrás 
gente 
estava 
fazendo 
isso 
juntos". 
Alguns 
dias são
críticos, 
como 
a data
de 
aniversário 
do 
dia 
que 
nos 
conhecemos, 
meu 
aniversário, 
dele...
É difícil 
no 
primeiro 
ano 
passar 
pelos
feriados 
que 
antes 
nós 
comemorávamos 
juntos. 
É, 
primeiro 
ano 
não foi
fácil, 
mas 
passou.
Hoje 
já 
não 
sinto 
aquela 
paixão, 
mas 
ainda 
existe 
a
frustração, 
na 
maioria 
dos 
dias 
já nem
me 
lembro 
sequer 
que 
certa 
vez
ele 
existiu,
já 
não 
vivo 
atormentado 
pela 
saudade, 
mas 
ainda 
há os dias
de 
nostalgia, 
de 
alguma
forma
ainda
ficou 
aqui 
dentro 
um 
vazio, 
mas 
não 
dói 
como 
aquelas 
"primeiras 
vezes
outra
vezes
outra 
vez", 
primeiro 
natal, 
primeiro 
ano 
novo, 
aniversários 
de 
parentes 
amigos 
meus 
dos 
quais 
ele 
não 
participou 
mais 
nem 
eu 
aos 
dele, 
primeiro 
carnaval... 
Foram 
muitas 
as 
vezes 
em 
que 
pensei
"ano 
passado 
gente 
estava 
fazendo 
isso 
juntos", 
até 
que 
finalmente 
chegou
dia 
que 
pensei 
que 
seria 
pior 
de 
todos: 
primeiro 
"aniversário" 
de 
separação.
Mas 
estranhamente 
não 
foi 
tão 
ruim 
assim, 
dor 
saudade 
haviam 
sido 
substiuídas 
por 
um 
consolador 
sentimento 
de 
conformidade, 
um 
pensamento 
vago 
do 
tipo: 
´'É, 
um 
ano 
já 
se 
passou, 
não 
tem 
mesmo 
mais 
jeito". 
Fazia, 
então, 
um 
ano 
em 
que 
havia 
me 
tornado 
alguém 
mais 
triste 
seco, 
um 
ano 
inteiro 
em 
que 
não 
senti 
menor 
alegria 
de 
viver, 
um 
ano 
inteiro 
que 
parecia 
que 
melhor 
de 
mim 
havia 
se 
perdido
que
me 
tornara
uma 
pessoa 
pior 
do 
que 
era 
antes". 
Mas 
agora 
já 
se 
passou 
mais 
um 
outro 
ano, 
realmente 
esse 
segundo 
já 
não 
foi 
tão 
difícil 
de 
suportar. 
Mas 
ao 
mesmo 
tempo, 
agora, 
dois anos
depois, 
eu 
percebo, 
o quanto 
realmente 
mudei, 
quanto 
isso 
foi 
transformador 
na 
minha 
vida, 
mas 
ainda não
consigo 
chegar 
uma 
conclusão 
definitiva 
se 
essa 
mudança 
foi 
para 
melhor 
ou 
pior. 
Se Deus
for 
bom 
comigo 
talvez 
os 
próximos 
anos 
se 
tornem 
cada 
vez 
mais 
leves, 
quem 
sabe 
um 
dia 
eu 
acordo 
bem 
velho, 
gordo, 
careca 
brocha, 
já 
sem
as ansiedades da carne e do espírito, já sem pensar em amor  e sexo, e com sorte olhe atrás no tempo e descubra que tudo passou e que apesar de tudo, ou justamente por causa disso tudo, ainda pude algumas vezes ser feliz...










          

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