Entrei
em crise
de
depressão,
cinco
dias
depois
de
ser
largado
pelo
cara
que
mais
amei
na minha
vida.
Acho
que
foi
quando
entendi
que
a
coisa
era
pra
valer
e não
apenas
uma
briguinha
passageira.
Tratei
logo
de
procurar
ajuda,
sei
muito
bem
o que
é
uma
crise
de
depressão
até
onde
ela
pode
chegar.
Não
consegui
uma
consulta
médica,
droga de
plano
de
saúde,
um
psiquiatra
pra
mim
pra
quase
trinta
dias
depois,
e me
mandaram
emergência.
Uma
médica
muito
atenciosa
me
atendeu,
e quando
expliquei
que
estava
sentindo
uma
profunda
angústia,
um
grande
desespero,
um
sei
como
explicar,
ela me
respondeu
que
essas
coisas
são
assim
mesmo,
que
uma
separação
muito
o
emocional
e que
eu
não
deveria
me
envergonhar
disso,
que
eu ia
superar
tudo,
mas
que
leva
tempo,
a
maioria
das
pessoas
demora
cerca
de um
ano
pra
se
recuperar,
alguns
até
mais
que
isso,
que,
eu
tinha
feito
muito
bem
em
procurar
apoio
profissional.
Bem,
lá
se vão
agora
mais
de
dois
anos,
os
calmantes
anti-
-depressivos
me
ajudaram
a não
entrar
em
desespero,
mas
como
acertou
aquela
médica
ao
me
prazo
mínimo
de
um
ano,
e só
agora
que
já
passei
por
tudo
isso,
entendo
porque
o
primeiro
ano
tão
difícil.
Porque
é
tudo
de
novo
pela
primeira
vez:
a
primeira
noite
com a
cama
outra
vez
vazia,
o
fim
de
semana
sosinho,
o
primeiro
mês,
a
primeira
foda
com
uma
pessoa
diferente,
que foi
terrível...
Bem,
na
hora
pareceu
tão ruim
assim,
só na
primeira
vez
consegui
gozar
duas
vezes
sem
tirar
dentro,
mas
no
dia
seguinte
estava
mais
triste
e
arrasado
do que
antes.
Aconteceu
que
que
estava
dormindo
abraçado
com
o
ex,
como
era
nosso
costume,
acordei
e vi
outro
cara
do
meu
lado.
Coitado,
penso
que
talvez
ele não
fosse
uma
pessoa
tão má
assim,
mas
depois
de
dois
ou
três
encontros,
logo
arrumei
um
pretexto
para
afastá-lo
da
minha
vida.
Ele não
tinha
chance,
fazia
só
três
e
eu
ainda
estava
muito
apaixonado.
E naquelas
datas
e acontecimentos
especiais,
então,
inevitalvelmente
você
pensa:
"Um
ano
atrás
a
estava
fazendo
isso
juntos".
Alguns
dias são
críticos,
como
a data
de
aniversário
do
dia
que
nos
conhecemos,
o
meu
aniversário,
o
dele...
É difícil
no
primeiro
ano
passar
pelos
feriados
que
antes
nós
juntos.
É,
o
primeiro
ano
não foi
fácil,
mas
passou.
Hoje
já
não
aquela
paixão,
mas
ainda
existe
a
frustração,
na
maioria
dos
dias
já nem
me
lembro
sequer
certa
vez
ele
existiu,
já
não
vivo
atormentado
pela
saudade,
mas
ainda
há os dias
de
nostalgia,
de
alguma
forma
ainda
forma
ainda
ficou
aqui
dentro
um
vazio,
mas
não
dói
como
aquelas
"primeiras
vezes
outra
vezes
outra
o
primeiro
natal,
o
primeiro
ano
aniversários
de
parentes
e
amigos
meus
dos
quais
ele
não
participou
mais
e
nem
eu
aos
dele,
o
primeiro
carnaval...
muitas
as
vezes
em
que
pensei
"ano
passado
a
gente
estava
fazendo
isso
juntos",
até
que
finalmente
chegou
o
dia
pensei
que
seria
o
pior
de
todos:
o
primeiro
"aniversário"
de
separação.
Mas
estranhamente
não
foi
tão
ruim
assim,
a
e
saudade
haviam
sido
substiuídas
por
um
consolador
sentimento
de
conformidade,
um
pensamento
vago
tipo:
´'É,
um
ano
já
se
passou,
não
tem
mesmo
mais
jeito".
Fazia,
então,
um
ano
em
que
havia
me
alguém
mais
triste
e
seco,
um
ano
inteiro
em
que
não
senti
menor
alegria
de
viver,
um
ano
inteiro
que
parecia
que
o
melhor
de
mim
havia
se
perdido
e
que
me
uma
pessoa
pior
do
que
era
antes".
Mas
agora
já
se
passou
mais
um
outro
ano,
e
realmente
esse
segundo
não
foi
tão
difícil
de
suportar.
Mas
ao
mesmo
tempo,
agora,
dois anos
eu
percebo,
o quanto
realmente
mudei,
o
quanto
isso
foi
transformador
na
minha
mas
ainda não
consigo
chegar
a
uma
conclusão
definitiva
se
essa
mudança
foi
melhor
ou
pior.
Se Deus
for
bom
comigo
talvez
os
próximos
anos
se
tornem
cada
vez
leves,
e
quem
sabe
um
dia
eu
acordo
bem
velho,
gordo,
careca
e
brocha,
já
sem
as ansiedades da carne e do espírito, já sem pensar em amor e sexo, e com sorte olhe atrás no tempo e descubra que tudo passou e que apesar de tudo, ou justamente por causa disso tudo, ainda pude algumas vezes ser feliz...
as ansiedades da carne e do espírito, já sem pensar em amor e sexo, e com sorte olhe atrás no tempo e descubra que tudo passou e que apesar de tudo, ou justamente por causa disso tudo, ainda pude algumas vezes ser feliz...
Nenhum comentário:
Postar um comentário