MUITO
JOVEM
SEMPRE
GOSTEI
MUITO
DE
ESPELHOS.
LEMBRO
QUE
ERA
CRIANÇA
E
MINHA
MÃE
TINHA
UMA
TOUCADORA
DAQUELAS
ANTIGAS
UM
ENORME
ESPELHO
BEM
DE
FRENTE
PRA
CAMA.
DE
MANHÃ
GOSTAVA
DE
IR
PARA
O
QUARTO,
DEPOIS
QUE
MEU
PAI
SE
LEVANTAVA
PARA
FAZER
O
CAFÉ
E
ME
DEITAVA
AO
LADO
DA
MINHA
MÃE
PRA
FICAR
ME
OLHANDO
NAQUELE
ESPELHO
ENORME.
AO
LONGO
DA
MINHA
VIDA
SEMPRE
PERDI
MUITO
TEMPO
EM
FRENTE
AO
ESPELHO,
ESTUDAVA
E
REPETIA
AS
LIÇÕES
PARA
MEU
PRÓPRIO
REFLEXO,
PASSAVA
TEMPO
ME
ADMIRANDO
OU
EXPERIMENTANDO
UMA
ROUPA
PARA
SAIR.
ME
ACHAVA
BONITO
E
SE
ÉPOCA
AINDA
NÃO
TINHA
ASSUMIDO
MINHA
SEXUALIDADE,
JÁ
TINHA
ASSUMIDO
MEU
NARCISISMO.
AINDA
NÃO
ME
ACHO
FEIO,
HOJE
JÁ
NÃO
O
MESMO
PRAZER
EM
OLHAR-ME
NUM
ESPELHO.
VEJO
UM
REFLEXO
AMARGO
E
DESILUDIDO,
DESENCANTADO
DA
VIDA,
FRUSTRADO
SEUS
AMORES,
EM
SUAS
ESPERANÇAS
E
ALEGRIAS.
MAIS
JOVEM
COSTUMAVA
RESISTIR
MELHOR
AS
DESILUSÕES,
MAS
A
REPETIÇÃO
DELAS
OU
TEMPO
FOI
ME
ENFRAQUECENDO.
SE
A
BELEZA
DE
TUDO
ME
ABANDONOU
E
AINDA
RESTA
A
SOMBRA
DO
QUE
JÁ
FUI,
ABANDOU-ME
O
ENCANTO
E
O
BRILHO
DOS
OLHOS
FOI
SUBSTITUIDO
POR
UMA
PENUMBRA
TRISTE
E
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