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quarta-feira, 13 de abril de 2011

SÃO BACO E SÃO SÉRGIO 2 - Os santos gays

MAIS ALGUNS DETALHES SOBRE A HISTÓRIA DOS MÁRTIRES GAYS QUE A IGREJA CATÓLICA CANONIZOU COMO SANTOS

7 de Outubro - Dia de S. Sergio e S. Baco.
Mártires e Patronos das Uniões Homossexuais.
No começo do século 4 dC, Sergio de Resapha e Baco de Barbalissus - considerados erastai (casal de amantes) - viviam em Coele, Síria. Eram dois importantes nobres romanos que desempenhavam altos cargos no exército do imperador Cesar Maximiano. Sergio de Resapha como primicerius, uma espécie de comandante em chefe da tropa de elite e Bacco de Barbalissus como secundarius, seu auxiliar direto. O grupo que comandavam, composto de bárbaros, era chamado de Schola Gentilium (Escola dos Pagãos).

Acolhimento e tolerância
A homossexualidade de Sergio e Baco não representava nenhum problema. A Igreja católica da época não só recebia bem os gays como os unia em matrimônio. Este acolhimento da igreja foi descrito pelo historiador da Universidade de Yale John
Boswell, autor de inúmeros títulos sobre o assunto, que publicou suas pesquisas sobre os santos no livro "Cristianismo, tolerancia social e homosexualidade" (Ed. Munchnik).

Duplo Martírio
Convertidos ao cristianismo, Sergio e Baco foram denunciados pela recusa de participação nos ritos pagãos. Era tamanho o respeito e estima que Maximiano tinha pelo casal que não acreditou nos informantes. Para testar sua lealdade ordenou que oferecessem sacrifício no templo de Zeus e Júpiter e, quando Sergio e Baco assumiram oficialmente sua fé cristã, a punição foi terrível.

Foram torturados tão severamente com chicotadas que Bacco morreu logo. Sergio sobrevivente da etapa inicial de atrocidades, teve de suportar intensos sofrimentos: correu quilômetros com os sapatos forrados com pregos afiados que lhe atravessavam os pés e, finalmente, foi decapitado. Ambos foram enterrados nos arredores da cidade de Resapah. Anos mais tarde, após a canonização, o Imperador Justiniano construiu em honra de Sergio igrejas em Constantinopla e
Acre. A primeira foi transformada em mesquita e tem em seu interior raros exemplares da arte bizantina.

Em Roma
Construída no século VII, existe em Roma uma igreja consagrada a Sergio e Baco. Os dois santos são representados pela arte cristã como soldados com roupas do exército e empunhando palmas de flores.

Os primeiros martiriológios do cristianismo registram as atrocidades e Teodoreto, respeitado historiador da época, confirma a veneração.
Na Igreja ortodoxa
Aos pés do Monte Sinai (1570 m.) onde, conta a tradição, Moisés recebeu as Tábuas da Lei, encontra-se o Mosteiro Ortodoxo de
Santa Catarina, mandado construir pela Imperatriz Helena de Bizâncio e hoje dirigido por monjes ortodoxos.

A origem do mosteiro remonta ao século IV dC, quando anacoretas perseguidos pelas tribos bárbaras buscavam refúgio nas terras do Sinai. Ali são encontrados ícones de São Sergio e São Baco representados lado a lado, segurando, juntos, uma cruz. São venerados na liturgia bizantina em 7 de outubro. Em fevereiro de 2000, o Papa João Paulo II visitou o local.

Ícones
Os ícones são sinônimo de Arte Sacra Bizantina e estão em todas as Igrejas Ortodoxas espalhadas pelo mundo. A palavra ícone vem do grego EIKÓN e significa imagem. No Oriente Cristão - que não cultua estátuas - é uma imagem pintada sobre madeira, com uma técnica especial.

O Império Romano do Oriente, também chamado Império Bizantino, era formado pela Península balcânica, Ásia Menor, Síria, Egito e Cirenaica, com 20 povos de línguas e raízes diversas. Bizâncio, fundada pelos gregos, tornou-se uma nova Roma e
teve um importantíssimo papel histórico.

Os cidadãos que ali adotavam o cristianismo foram perseguidos por ordem de Diocleciano (284 a 305). O império romano do ocidente sucumbiu aos bárbaros no séc. VI, mas a parte oriental sobreviveu até o séc. XV.

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