Há santos gays?
Para a história oficial da igreja,
a pergunta soa como uma
blasfêmia,
uma vez que a religião condena
a homossexualidade.
Mas há teses de que a igreja
teve, sim, santos que,
no seu passado,
tiveram relações com pessoas
do mesmo sexo.
O caso mais famoso é de
São Sérgio e São Baco,
que foram mártires no início
do século 4.
Eles integravam o exército
do imperador romano
Maximiano (286-305).
Era um casal gay respeitado
pela própria igreja,
segundo o polêmico e
premiado livro
"Cristianismo, Tolerância
Social e Homossexualidade",
publicado em 1980 por
John Boswell (1947-1994),
historiador da Universidade
de Yale (EUA).
Defensores da igreja
acusaram Boswell de forçar
a barra em seus estudos sobre
os arquivos históricos da igreja.
O livro era visto como
panfletário, ou seja,
interessava à militância
homossexual forjar santos gays.
Quem apoiou o historiador dizia
que a igreja adulterou os
arquivos antigos para esconder
registros sobre a
homossexualidade dos dois.
O fato é que
São Sérgio e São Baco
viraram ícones do movimento gay,
inspirando artistas.
Suas imagens servem à defesa
da união civil entre pessoas do
mesmo sexo,
cujas cerimônias são seladas
com a leitura de uma oração
que cita os dos dois santos.
Eles têm até um dia: 7 de outubro.
No começo do século IV,
na região onde atualmente
fica a Síria,
viviam Sérgio de Resapha
e Baco de Barbalistus,
considerados um casal
de amantes.
Nobres romanos,
eles tinham altos cargos no exercito do
imperador César Maximiliano,
quando então se converteram e se
tornaram cristãos.
Entretanto, como o cristianismo era considerado
uma seita perigosa,
eles foram denunciados, presos e torturados
brutalmente para abjurarem a fé cristã
e voltarem aos deuses romanos.
Baco morreu logo, mas Sérgio teve de suportar
intensos sofrimentos ate ser,
finalmente, decapitado.
O fato de formarem um casal, contudo,
não representava um problema.
Segundo Boswell,
não só a Igreja Católica da
época acolhia bem os homossexuais
como também celebrava casamentos entre eles,
o que perdurou até o século XV.
Na oração de bênção utilizada na cerimônia são citados os apóstolos Felipe e Bartolomeu, acrescentando outra evidencia à forte tradição (ou lenda), que existe desde o inicio do cristianismo, segundo o qual eles formavam um casal.
Eis a transcrição da oração:
Para a história oficial da igreja,
a pergunta soa como uma
blasfêmia,
uma vez que a religião condena
a homossexualidade.
Mas há teses de que a igreja
teve, sim, santos que,
no seu passado,
tiveram relações com pessoas
do mesmo sexo.
O caso mais famoso é de
São Sérgio e São Baco,
que foram mártires no início
do século 4.
Eles integravam o exército
do imperador romano
Maximiano (286-305).
Era um casal gay respeitado
pela própria igreja,
segundo o polêmico e
premiado livro
"Cristianismo, Tolerância
Social e Homossexualidade",
publicado em 1980 por
John Boswell (1947-1994),
historiador da Universidade
de Yale (EUA).
Defensores da igreja
acusaram Boswell de forçar
a barra em seus estudos sobre
os arquivos históricos da igreja.
O livro era visto como
panfletário, ou seja,
interessava à militância
homossexual forjar santos gays.
Quem apoiou o historiador dizia
que a igreja adulterou os
arquivos antigos para esconder
registros sobre a
homossexualidade dos dois.
O fato é que
São Sérgio e São Baco
viraram ícones do movimento gay,
inspirando artistas.
Suas imagens servem à defesa
da união civil entre pessoas do
mesmo sexo,
cujas cerimônias são seladas
com a leitura de uma oração
que cita os dos dois santos.
Eles têm até um dia: 7 de outubro.
No começo do século IV,
na região onde atualmente
fica a Síria,
viviam Sérgio de Resapha
e Baco de Barbalistus,
considerados um casal
de amantes.
Nobres romanos,
eles tinham altos cargos no exercito do
imperador César Maximiliano,
quando então se converteram e se
tornaram cristãos.
Entretanto, como o cristianismo era considerado
uma seita perigosa,
eles foram denunciados, presos e torturados
brutalmente para abjurarem a fé cristã
e voltarem aos deuses romanos.
Baco morreu logo, mas Sérgio teve de suportar
intensos sofrimentos ate ser,
finalmente, decapitado.
O fato de formarem um casal, contudo,
não representava um problema.
Segundo Boswell,
não só a Igreja Católica da
época acolhia bem os homossexuais
como também celebrava casamentos entre eles,
o que perdurou até o século XV.
Igreja de São Sérgio e São Baco, Istambul |
Eis a transcrição da oração:
“Ó Senhor, nosso Deus e governante, que fizeste a humanidade à Sua imagem e semelhança, e lhe destes o poder da vida eterna que aprovastes quando seus santos e apóstolos Felipe e Bartolomeu se uniram, juntos em par, pela lei da natureza e pela comunhão do Espirito Santo, e que também aprovastes a união dos seus santos, mártires, Sérgio e Baco, benditos também a estes servidores (…), unidos em casal pela natureza e pela fidelidade. Permita, Senhor, que eles amem um ao outro, sem ódio, e possam continuar juntos sem causar escândalo, todos os dias de suas vidas, com ajuda da Santa Mãe de Deus e de todos os seus Santos, porque Tu és o poder e o reino e a gloria, Pai, Filho e Espírito Santo”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário